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Como Consolar Sem Prometer o que Deus Não Prometeu?

  Quando a dor chega, as palavras parecem falhar Em momentos de dor profunda, especialmente quando estamos diante do sofrimento de alguém que amamos, descobrimos o limite do que conseguimos dizer. Há um silêncio que se impõe — não por falta de fé, mas porque a fé verdadeira não ignora o sofrimento. Ela caminha com ele. Recentemente, estive com uma pessoa que amo profundamente, que enfrenta um diagnóstico câncer. Enquanto orávamos juntos, percebi que não poderia dizer frases como: “Vai dar tudo certo” ou “Você será curada.” Minha consciência, moldada pelas Escrituras, não me permite prometer o que Deus não prometeu. Ao mesmo tempo, meu coração doía por não conseguir oferecer palavras que talvez ela estivesse esperando ouvir. Mas então me lembrei: o consolo cristão não está em promessas vazias, e sim naquilo que Deus já fez e garantiu. O presente é confuso, mas não é tudo o que existe Naquela oração, compartilhei com ela algo que também preciso lembrar a mim mesmo: o presente é, muit...
Postagens recentes
  As perguntas que surgem em nossos corações diante das verdades bíblicas revelam profundamente nosso verdadeiro caráter. Mais do que analisar grandes argumentações ou discursos, meditar sobre nossas perguntas é um profundo exercício de autoconhecimento. TODOS OS MEUS PECADOS JÁ FORAM PUNIDOS NA CRUZ Agora, pois, já não existe nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus. (Rm 8.1) É claro o ensino das Escrituras no sentido de que Jesus Cristo pagou, na cruz, o preço de todos os pecados daqueles que crêem em seu nome. E quando dizemos todos os pecados, são TODOS os pecados. Os passados, os presentes e, até mesmo, os futuros. Essa é uma verdade maravilhosa, pois dá ao crente a certeza de sua salvação, pois até mesmo os pecados que ele ainda vai cometer já estavam “na conta” de Deus quando derramou sua ira sobre seu filho amado, por amor de todo aquele que crê. Essa verdade nos convida a uma resposta de amor e gratidão a Deus. No entanto, muitos perguntam: Se é assim...

Não se torne o Darth Vader

  "Tenham cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha um coração mau e descrente, que se afaste do Deus vivo." - Hebreus 3.12 Infelizmente minhas referências são muito antigas. Falar de Star Wars e Darth Vader não vai fazer muito sentido para muitas pessoas. Mas, como não tenho uma referência melhor, vou usar essa mesmo 🤪 Costumo dizer que, salvo raras exceções, ninguém se torna o Darth Vader de uma hora para outra. Ao olhar a trajetória de Anakin Skywalker, vemos o quanto ele não estava consciente do caminho que estava trilhando. Sempre que o advertiam sobre como seus sentimentos o estavam conduzindo para o lado negro da força, sua reação era negar. E ele não fazia isso por estar tentando esconder algo que ele sabia estar acontecendo. A verdade é que ele realmente não acreditava na possibilidade de se tornar um Sith. Ao ler esse versículo da carta aos Hebreus hoje, fui levado a essa referência de Star Wars. O autor fala para seus leitores terem cuidado! A advertên...

CONFESSO E PEÇO

Senhor, Confesso que as contingências da vida me empurram para "seguir com a vida". Confesso que não ter tido a oportunidade de fazer quarentena me leva a pensar que está tudo bem sair para passear. Confesso que tenho dificuldade, nesse momento, de ter percepção correta da tragédia que assola o Brasil. Confesso que estou cansado de demonstrar indignação entre aqueles que já estão indignados e aqueles que nunca ficarão. Confesso que a sensação de impotência às vezes é tão grande que é melhor desviar o pensamento. Confesso que estou entre a oração de Reinhold Niebuhr, "Senhor, conceda-me a serenidade para aceitar aquilo que não posso mudar, a coragem para mudar o que me for possível e a sabedoria para saber discernir entre as duas" E o poema de Bertolt Brecht, "Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangre...

SOBRE TOLERÂNCIA

Sou militar. Por incrível que possa parecer para alguns, a nossa mesa do "rancho" na hora do almoço é um dos lugares mais democráticos e tolerantes que conheço. Sentados ali, durante as refeições, falamos sobre tudo de maneira apaixonada. Futebol, política, religião e tudo mais que "não se discute". Não é uma conversa sóbria. Falamos alto, interrompemos aqueles que estão falando, tentamos ganhar no grito. Além disso, toda essa polêmica é temperada com muita "guerra" (palavra do nosso dialeto que significa zoeira). Se já não bastassem as divergências, os adjetivos durante os debates são: feio, careca, corno e mais outros que são impublicáveis. Mas sabe o que acontece ao final de tudo isso? Somos companheiros. Saímos rindo muito, leves e ansiosos para o próximo almoço, onde vamos recomeçar todas as discussões do dia anterior. Não sei dar um explicação para isso. Talvez seja o fato de termos trajetórias parecidas. Talvez seja o treinamento. Talvez seja ...

Odiando em nome do amor

Senhor, quer que mandemos descer fogo dos céus para os consumir?” (Lucas 9.54b) Essa frase foi dita a Jesus pelos discípulos Tiago e João quando uma vila de samaritanos recusou receber Jesus e seus companheiros que estavam a caminho de Jerusalém. Este episódio está registrado no Evangelho de Lucas, capítulo 9, dos versos 51 a 56. Temos três personagens, ou grupo de personagens, que precisam ser entendidos nesse texto: os samaritanos, Jesus e os discípulos Tiago e João. QUEM SÃO OS SAMARITANOS? Para entendermos a profunda rivalidade entre judeus e samaritanos, precisamos voltar alguns séculos na história de Israel. Os samaritanos são os remanescentes do reino do norte, Israel,cuja capital era Samaria, após a sua conquista pelo Império Assírio.   Este império tinha o costume de pulverizar os povos e culturas que conquistava miscigenando-os, transportando grupos de pessoas de um lado ao outro dos territórios dominados. Assim, os samaritanos são uma mistura de israelita...

Esperança, só esperança!

Hoje, um dos dias mais difíceis da minha vida, fui brindado com o testemunho de uma mulher muito simples. Uma mulher que, talvez, alguns não considerassem como digna de ser ouvida. Mas o testemunho dessa mulher foi profundo. E foi de encontro a um dilema vivido por mim nos últimos dias. Essa mulher contou como teve um encontro genuíno com Jesus somente depois de mais de trinta anos de uma frutífera e ativa vida na igreja. Ela contou como nasceu em uma família cristã. Como se casou com um varão e teve filhos que também eram criados na igreja. Contou como fazia parte do Coral e como evangelizava. E como seu evangelismo deu frutos. No entanto essa mulher, segundo seu próprio relato, ainda carregava um vazio. Ela ainda não experimentava o preenchimento que o relacionamento com Cristo traz à vida. Até que um dia ela ouviu o chamado do Mestre e foi convertida e salva, mesmo depois de mais de trinta anos de vida religiosa. Isso me fez pensar em quantas e quantas pessoas ainda não vivem ...